Porque viver, sobrevivendo, é uma questão de simplicidade...
Sexta-feira, 12 de Novembro de 2004
Rosinha, meu amor...

Minha querida Rosa:


Sei que não vais ler nada disto. Para ti, um computador é apenas um equipamento antipático que te aborrece limpar, pois o pó se entranha entre as teclas, e as moscas adoram poisar no monitor, deixando marcas da sua passagem.


Ontem cheguei a casa tão tarde, que tu já tinhas saído. Não te pude assim dar-te um abraço apertado e um OBRIGADO sincero e sentido.


Faço-o aqui hoje como prova da minha gratidão e da minha amizade, e hei-de fazê-lo para a semana, quando voltares à minha casa.


Conhecemo-nos há ano e meio, e depressa se gerou entre nós uma grande empatia. Dizes que não sou tua patroa, sou para ti como uma irmã. Eu digo o mesmo, não te vejo como minha empregada, mas como um anjo da guarda que apareceu na minha vida.


 Porque fazes o teu trabalho com amor, com preocupação em aliviar a carga que tenho nas costas. Empenhas-te ao máximo, andas o dia todo numa correria, para que, quando eu chegar a casa, encontre tudo limpinho e arrumado, a roupa passada e o jantar feito.


 Para que, ao menos num dia da semana, eu consiga ter algum descanso, algum conforto, algum tempo para mim…
Eu sei que o fazes por amor, porque se fosse por obrigação, não farias nem metade, pela miséria que te pago.


 Não me esqueço também que quando engravidei do “nosso Alex”, começaste logo a recolher roupinha de bébé em casa das tuas patroas ricas..

Não me esqueço também que, quando vais à feira comprar roupa para ti, trazes sempre uma pecinha para mim, porque dizes que tens vergonha de eu andar tão mal vestida…


Pouco tenho podido fazer por ti… Quando tiveste que sair da tua casa e deixar o marido que não te merecia, tentei dar-te força. Quando choras pelos problemas da tua filha, choro contigo. Quando o teu namorado te magoa, ofereço-me para lhe dar um raspanete, e só não o faço porque tu não deixas.


Mas isto nada é, perante o bem que me fazes…


Por isso, Rosinha meu amor, aqui digo perante testemunhas, que terás a minha amizade e a minha gratidão para o resto da nossa vida, e que comigo poderás contar sempre que precisares. Para te ouvir. Para te dar colo.


 E se a vida passar de madrasta a mãe, ainda nos havemos muito de rir de todas as atribulações que vivemos em tempos de má memória!



publicado por Fernanda às 10:39
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De Anónimo a 12 de Novembro de 2004 às 14:35
Ui dava tanto jeito uma Rosinha assim e que ainda por cima consegue ser amiga... Isto de ser dona de casa tem muito que se lhe diga, e chegar todos os dias às 8 da noite e ainda ter de fazer tudo não é nada fácil. Beijinhos e bom fim de semanaMagguy
(http://queriverte.blogs.sapo.pt)
(mailto:so.para.ti@iol.pt)


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