Porque viver, sobrevivendo, é uma questão de simplicidade...
Segunda-feira, 7 de Março de 2005
Momentos de ouro
Vinha pelo caminho calmamente, pelo atalho que tem pouco transito, a deliciar-me com o chilrear dos pássaros, e a pensar que este ano não vamos mesmo ter Inverno, ao mesmo tempo, deitava o olho pelo espelho retrovisor, para ver qual a expressão do bébé Alex na cadeirinha, e dei comigo a pensar
Apesar do sofrimento que isso me causou na altura, não me arrependo nem um pouco da opção de vida que fiz.
Deixar de lado a carreira e a promoção pessoal, para me dedicar à proximidade e à dedicação total aos meus filhos.
Eu sei que há mulheres que conseguem conciliar, e bem, a carreira com a família, mas decerto que têm ajudas preciosas, de família e marido. Eu não sou melhor ou pior mãe que as outras, mas não o consegui fazer.
No sentido em que, se o meu marido tinha de estar disponível a 100% para a profissão, e foi isso que fez, seria impossível para mim fazer o mesmo.
Talvez pudesse pôr os meus filhos na escola das 7 da manhã às 7 da noite, arranjar baby sitter para os serões de trabalho e fins de semana que fossem necessários, mas achei que essa não era solução.
Não quis ser uma mãe ausente, achei que já bastava a ausência do pai.
Arranjei maneira de os pôr sempre em escolas pertinho de mim, e o sorriso que recebi cada vez que lhes ía dar o lanchinho no recreio, ou o abraço sentido quando caiam na escola, e era eu que os consolava, valeu tudo!
Com o bébé Alex estou a proceder da mesma forma.
E hoje, ao observá-lo pelo canto do espelho, senti-me muito feliz por poder estar presente nos momentos cruciais da sua ainda pequena vidinha.
Podem achar ridículo, mas sinto um orgulho enorme quando ele faz alguma coisa pela primeira vez como hoje, que disse bigado! ao senhor que nos deixou passar no cruzamento e eu estou ali para ver e participar!
Ainda hoje os meus filhos mais velhos, com 15 e 14 anos, adoram que eu lhes conte tim-por-tim como eram em bebés e crianças, estabelecendo comparações com o irmão mais novo.
E é com grande alegria, que eu tenho tudo gravado a ferro e fogo na minha memória.
Eles podem acusar-me de muita coisa quando crescerem, mas nunca de ter sido uma mãe de obrigação, só porque os pari.
E esta conversa toda porquê? Sei lá
apeteceu-me.
Beijo para todos e boa semana!
De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 21:36
ainda bem que nao estou nessa situaçao de escolha dificilmaria
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De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 11:27
bem, tornei me assídua aqui, pelos vistos,... :)
admiro te, sabes? acho que, nos dias de hoje, é preciso ter coragem para largar a carreira e ficar, por opção, a tratar dos pimpolhos.
quando tiver os meus,... bem, não me imagino a ficar o dia todo "só" a tratar deles,.. mas gostava de poder fazer teletrabalho, para me sentir útil foa do lar" e para ter os meus pekenitos sempre pertinho de mim.
tenho 24 anos, e uma sobrinha com 6. e é tão gratificante quando ela me dá um abraço apertado a troco de nada... não há nota de frequencia que o compense~... e ela é "só" minha sobrinha...gata
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De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 01:47
E fazes muito bem. Os filhos são mais importantes que qualquer carreira... Eu acho que é por isso que há tão poucas mulheres na politica: preferem tratar mais do futuro em termos humanos para erradicar certos politicos que às tantas nunca viam a mãe!! E as melhoras. Eu não tenho nada nas costas. não vou ao médico e pronto, assunto resolvido! Ninguém anda lá a procurar os bicos de papagaio!!saltapocinhas
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(mailto:mapsl@sapo.pt)
De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 00:52
Gostei muito desta "conversa"
BeijoFinurias
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De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 00:50
São escolhas... são caminhos a caminhar... mas tem gratificações douradas... ah disso não há mesmo dúvidas...FP
(http://paraisodaspalavras.blogs.sapo.pt/)
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De Anónimo a 8 de Março de 2005 às 00:11
Tu és o ... momento de ouro... Beijo onde...espiritosanto
</a>
(mailto:gostei@mae.pt)
De Anónimo a 7 de Março de 2005 às 23:42
...e apeteceu bem;) É verdade que ás vezes é necessário tomar opções, e mais complicado é quando está em jogo uma carreira, uma família e a realização/felicidade pessoal.aflores
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De Anónimo a 7 de Março de 2005 às 22:58
A tua história de mãe tem muitas seguidoras. Uma, bem perto de mim, trabalhava no "Banco Atlântico" e não hesitou em deixar a profissão para se dedicar aos filhos. Como tu, exactamente, vê-los crescer, acompanhá-los em todos os seus passos, participar em todas os seus choros e risos - faz dela a mulher que "quer ser"!
Para tudo, tem que haver opção. Quando tomada, há que ter a dignidade, a firmeza e a alegria de a viver! Ser mãe a tempo inteiro é uma escolha! E é tão engrandecedora como outra qualquer! Desde que depositemos nela o entusiasmo e a força que nos traz o bem-estar, a tranquilidade, a realização.
A opção que tomaste deve envaidecer-te, nada mais!!!Amaral
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De Anónimo a 7 de Março de 2005 às 22:16
huumm... n sei o que dizer... sei que vou soar a uma pessoa nojenta... mas eu... opah, vou ser honesta: eu n abdicava da minha liberdade, da minha carreira por filhos. não é de mim. não seria eu. mas vejo que pessoas maravilhosas como tu são capazes de tal coisa e apesar nao t conhecer, sinto mt orgulho na tua pessoa... bjs linda**************************Karura
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De Anónimo a 7 de Março de 2005 às 20:20
Esse relato da tua opção, coloca-te na frente das MULHERES LUTADORAS e sensiveis, que comemoram o dia 8 de Março. beijoPantanero
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