Para os mais curiosos que queriam saber porque foi o noivo a atrasar o casamento, aqui fica o esclarecimento:
O noivo começou por receber e instalar os convidados na Estalagem, barafustando porque os comandos do ar condicionado não tinham pilhas! É inadmissível berrava ele pela escada acima, com um saco cheio de comandos.
É claro que os comandos estavam bons, ele é que não conseguia ligar os aparelhos.
Tivemos que o expulsar do hotel para se ir vestir, porque já eram quase 3 horas.
Tivemos vontade de lhe enfiar uns calmantes pela goela abaixo, mas o gajo fugiu.
Chegámos ao castelo às 15.30 h e pouco depois lá o vimos aparecer esbaforido, de fato e ténis e com os sapatos na mão.
Foi aos 2 pátios para ver se estava tudo em condições, as mesas postas, os empregados a jeito, e arranjava sempre maneira de embirrar com alguma coisa.
E as horas a passarem
Perto das 16 horas, já a noiva estava lá fora à espera, começamos a ouvir uns gritos do pátio onde se faria o baile.
Vou-te aos cornos não tarda!! berrava o Boto, já meio despido e de gravata ao lado, gesticulando furiosamente e preparando-se para dar uns murros no seu interlocutor.
Perguntámos o que se passava, e ficámos a saber que o nosso amigo tinha contratado de boca duas ou três bandas para tocarem na festa.
BOA!!
Obviamente optou pela que trazia equipamento de som, mas as outras queriam à mesma receber o cachet.
No meio desta confusão toda, o Conservador do Registo Civil, transpirando desalmadamente (estavam só 42 graus!) dentro do seu fatinho, pôs-se na alheta.
Onde é que está o homem? Onde é que está o homem???? gritava o nosso amigo correndo de um lado para o outro, a ver se o dito se tinha agachado atrás de alguma pedra secular
Entretanto, a Teresa (noiva) já conhecendo o seu companheiro de há muitos anos e sabendo como ele é, esperava placidamente fumando o seu cigarrinho na maior das calmas.
Os convidados lá iam desapertando as gravatas e as mulheres trocando disfarçadamente os sapatos de salto alto por chinelas mais confortáveis (eu incluída, é claro).
Eram 18 horas quando vimos o Boto chegar puxando o conservador por um braço, enquanto que com o outro nos acenava desesperado, para que fossemos andando para o lugar da cerimónia, no pátio de cima.
E lá se realizou o casamento, no meio de muitas gargalhadas, palmas e bocas do género Ò Teresa tás feita, já não podes bazar!!, Ò Boto agora é que ficas agarrado!!
Finalmente, às 18.30 lá nos sentámos para ALMOÇAR.
Não sem que fosse uma tremenda confusão descobrirmos os nossos lugares, porque o nosso amigo, no esquema que fez do local, pôs em cada mesa apenas o 1º nome dos convidados: só Fernandas eram 5!
No final correu tudo bem e foi muito divertido!
Pelo menos, muito pouco tradicional..
Beijos para todos