Porque viver, sobrevivendo, é uma questão de simplicidade...
Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008
Nascimento

 

 

Tenham então, todos mas todos, um excelente Natal!!

 

Consumista, ou não.

Religioso, ou não.

Familiar, ou não.

Ateu, ou não.

Tradicional, ou não.

Original, ou não.

Solidário, ou não.

Chato, ou não.

Solitário, ou não.

Trabalhoso, ou não.

Indiferente, ou não.

 

Tenham como quiserem, como puderem, mas que seja EXCELENTE!!!

 

 

 


sinto-me: Tá frio pró caraças...

publicado por Fernanda às 18:16
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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008
AH POIS....

 

Ora bem…
Meus amigos, ou melhor minhas amigas, que os amigos não têm lata de fazerem comentários, embora o possam pensar…
Tive alguns feed backs para o meu mail, comentando, com a franqueza que a amizade permite, que a labuta do dia a dia é uma questão de organização e disciplina, além do estabelecimento de prioridades, e da afirmação de postura domestico-laboral do tipo: toca toda a gente a ajudar!!!
Com maior ou menor diplomacia, foi isto que as minhas amigas correram a indicar-me, o que muito lhes agradeço, quanto mais não seja pela preocupação e pelo gesto de gastarem tempo comigo.
(não estou a ser irónica, hem?)
E como seria fatela responder-lhes a todas como o mesmo mail, achei por bem publicar aqui o que me apetecer conjecturar sobre a coisa em questão, e, quem sabe, se mais alguma alma por aqui passar e tiver um pensamento momentâneo que seja, ficará esclarecida(o), penso eu de que…  (estou mesmo a ficar desactualizada em termos de “expressões”… ainda se fosse só nisso….) e quem sabe consiga até um suspiro de “como eu te entendo….” Ou um sorriso irónico de “era só o que faltava!”
 
Ora bem….
Queixei-me que o meu tempo é gasto em obrigações.
Pois queixei.
(E já estou a ver o cenho franzido de algumas queridas que passam a vida - ai que exagero - a convidarem-me para sair, e levam nega…)
 
Começo por falar no meu deficit de energia.
Não estou a gozar! Tenho hipotiroidismo há muitos anos e apesar de tomar religiosamente o comprimidinho diário, a questão energética continua …. Lentinha, lentinha!
É claro que se eu não tomar o comprimido (como já fiz…) é que noto bem a diferença e a falta que ele faz….
Continuando….
Se eu analisar um dia da minha semana vejo que:
Acordo normalmente às 6 da manhã. Não é porque quero, tenho saudades do tempo em que dormia até rebentar, mas acordo e pronto.
A primeira coisa é ir à janela espreitar o tempo e grande parte dos dias, ver o sol nascer.
(algumas já pensam: grande dissimulada, vais é fumar o 1º cigarrito. VICIADA!!!)
Depois…. É o costume..
Arrumo a cozinha, porque à noite estou cansada demais para o fazer, e o tempo entre fazer o jantar e ir dormir, prefiro passa-lo com o filhote mais novo... brincamos, rimos, contamos histórias e conversamos disparates até cairmos pró lado..
Trato dos cães, do peixe e dos demais bichos que houver.
Arranjo o almoço para o meu filho mais velho, ajeito o sacalhão do lixo para o marido despejar quando sair, passo um pano na casa de banho, que ponho aquecer.
Se não o fiz no fim de semana (overdose de ferro..), vou passar a camisa pró marido, vejo se a cadela se descuidou durante a noite no corredor e se isso aconteceu, limpo.
E depois, vem a tarefa mais árdua da manhã: acordar a minha filha.
Levo-lhe o pequeno almoço à cama, com a esperança de que o cheiro a café com leite a acorde….
(Deu resultado durante 2 dias. Sim, já experimentei leite com chocolate, cereais, torrada, tosta, blá blá blá… até experimentei NADA mas o resultado é o mesmo….)
Acendo-lhe o aquecedor, mudo o canal da televisão que está a dar bonecos (ela adormece sempre a ver a 2), e começo com beijinhos… “loira, acorda, amor…!”
Nos próximos 45 minutos mais coisa menos coisa, passo dos beijinhos ao grito e arrepelanço de cabelo em puro desespero!!!! “DESPACHA-TE MIUDA!!!!!”
Enquanto isso, visto-me e arranjo a roupa para o puto vestir, esse que já está sentado na cama a ver os bonecos…
Dou-lhe o pequeno almoço (DESPACHA-TE MIUDA!!!!!!), vocifero incongruências ao ver o estado em que está o quarto da loira, só pelo facto de ela estar a pensar o que há-de vestir, e vou fazer a sandes para levar para o pequeno almoço…
Entretanto, o miúdo já se lavou, vou vesti-lo (DESPACHA-TE MIUDA!!!!!), vestimos os casacos e vamos dar beijinho ao pai .
Vamos para o carro, ponho o puto na cadeirinha (ó miúda DESPACHA-TE!!!!), limpo os vidros e ponho o carro a trabalhar.
Abro o portão e começo a andar com o carro em direcção ao mesmo, com uma vontade de sair disparada e deixar a loira apeada (sim, já o fiz… não valeu de muito…), enquanto me ponho a brandir o chapéu de chuva pela janela, para os cães perceberem que não devem tentar sequer sair disparados portão fora (todos os dias o tentam, acreditem!).
Entretanto a porta abre e a minha loira sai (ANDA MAIS DEVEGAR!!! GAITA!!”
Saímos o portão, ficamos a remoer alguns palavrões entre dentes até que ele feche, fora as alturas em que os espertos dos cães se metem no ângulo morto do retrovisor e saem mesmo quando o portão está a fechar..
E então é repetir tudo… abrir o portão, brandir o chapéu de chuva enquanto grito “PRA CASA JÁ” e nem respondo à loira que balbucia qualquer coisa como “oh mãe, já tou atrasada, não!!”, esperar que o portão feche e ala que se faz tarde…
Deixo a loira à porta da escola, algures entre o 1º e o 2º toque, e lá vou para o trabalho.
Ah, é claro, primeiro deixo o puto na ama, de onde não saio sem ouvir a descrição ao pormenor de como foi a noite, quantos cocós fez a Larinha, se bebeu o bebiberon todo ou não, etc, etc….
Chego à Junta perto das 9 horas, entro que nem um furacão, tentando conseguir tomar o pequeno almoço antes de abrir ao público.
(É claro que era bom, muito bom que a máquina do café tivesse já água…)
Como a minha sandes e bebo o capuccino sentada na secretária, enquanto se comenta isto ou aquilo das novelas e toma! Hora de abrir a porta…
Lá ajeito as coisas enquanto os velhotes já fazem fila para isto ou para aquilo, enquanto eu os vou cumprimentando, não deixando de mandar uma boca do género… “ai que já andam ao frio, tão cedo!!”
E pronto.
Passo o dia nas minhas tarefas, atendo o público, tanto na parte da Junta como na parte dos Correios.
Não é nada de especial, acreditem… Aliás, funcionário público tem fama de fazer muito pouco ou nada, não é?
Pois é.
Comigo acontece a mesma coisa…
Passo atestados, dou informações e encaminho reclamações.
Trato das cartas registadas e encomendas, vendo selos, recebo as contas da água, luz, telefone, pago pensões.
Faço ofícios, arquivo papeis, registo cães, funerais, correspondência recebida e expedida, passo actas, editais e minutas.
Atendo o telefone, respondo a mails de serviço, arrumo mais papeis, e atendo mais fregueses, 80 % dos quais não sai sem contar as suas atribulações, doenças incluídas..
Oiço queixumes, desabafos e considerandos vários, respondo às perguntas mais idiotas, e a outras, inteligentemente formuladas, e para as quais tenho de fingir de que há uma resposta à altura.
Vendo mais uns selos (que acabo sempre a ser eu a colar…), fumo uns cigarros desconsolados, ataco os bolos das minhas colegas, barafusto com isto ou aquilo, atendo mais uns que só vinham cumprimentar, mas de repente se lembram de “n” coisas para perguntar…
E pronto.
Fecho as contas dos CTT, onde falta sempre um euro ou outro, que tenho de por do meu bolso… ninguém me manda fazer as coisas a correr (como diria a minha mãe… quem te manda a ti sapateiro, querer tocar rabecão…)
E chega a abençoada  hora de sair…
Saio quase sempre com a mesma frase “gostei tanto que amanhã tou de volta!”, entro no carro e vou buscar o petiz, e aproveitar para ouvir o relatório do dia, em relação a cocós, biberons, arrotinhos e sestas da minha Larinha.
Metemo-nos no carro e vamos para casa, enquanto tento sem sucesso ligar à loira para lhe perguntar se precisa que a vá buscar.
Chego a casa, recebo um beijo e um abraço do mais velho, que aproveita para me fazer notar que arrumou a loiça, enquanto eu penso no rol de coisas que ainda há para fazer..
Ponho o jantar ao lume, faço uma sopa para o dia seguinte, trato outra vez dos cães (um dia destes há assado de cão no forno com manjericão!!), ponho roupa a lavar ou a secar, passo uma vassoura pelo chão (pelos de cão..), oiço os desabafos do maridão (e onde está a loira??? – olha! Tu é que ficaste de a trazer, não?? Pois, mas ela não atende o telemóvel! Isso sei eu, que grande novidade – calem-se ó tontos, vou eu busca-la, diz o mais velho, mandou-me uma mensagem.. quero ver quem me paga a gasolina!)
Baixo o lume, vou tomar banho e dar banho ao miúdo, cortar unhas, limpar ouvidos, e essas coisas que tem de ser, volto à cozinha, apago o lume pensando… cru ou cozido, vamos comer, e depois lá jantamos.
Dá-me cá um alivio quando os vejo a jantar!!!
Nem imaginam…
E pronto.
É assim o meu dia, com uma ou outra nuance diferente, mas a base é sempre igual…
Quando chego ao meu “canto”, suspiro enquanto acendo uma vela aromática para me ajudar a descontrair, pois a dose de cafeína pode ter excedido o recomendável (não quero comentários ao meu leve problema de hiper tensão, ok?).
Olho de soslaio para o portátil, ou para o livro que se desvanece há meses na mesa de cabeceira, mas não tenho coragem, estou cansada demais…
Estabeleço mentalmente o limite de 2 histórias que vou contar, enquanto me aparece no quarto um ou outro filho a perguntar isto ou aquilo, o que sempre é melhor do que ouvi-los a discutir no hall, ou aos berros ao telemóvel, sinal de que não há sono nenhum à espreita.
Tomo a dose diária da drogaria, espreito à janela para ver como está a noite (está bem , pronto… admito.. e para fumar o suposto ultimo cigarro do dia…) e adormeço.
 
Acordo passadas poucas horas, dependendo do nível de dores da ossadura.
 E passo o resto da noite a dormitar mal e porcamente até às 6 da matina.
 
E pronto.
Já tenho o petiz a barafustar que é quase meia noite (mentira, mas é sinal de que está já em conversações com o João Pestana).
Se houver alguém por aí que, em caso real e não da essência da coisa, me ajude a disciplinar o meu dia, a gerência agradece!
Não adianta falarem-me no “guardar o fim de semana para mim”, porque estou sem empregada há… 3 anos.. e mesmo com toda a gente a desempenhar as suas tarefas, a coisa é muuuito complicada.
Minhas queridas amigas e outros que tiveram a paciência de me ler até aqui.
Desculpem o tom de choraminguice.
Vou mas é dormir, que o meu mal é sono….
 
 

 


sinto-me: nunca + me sai o euromilhocas!

publicado por Fernanda às 22:27
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DESISTO...

 

 

Não consigo, mesmo, ter tempo para fazer o que gosto.

Seja o que fôr...

 

A minha vida é apenas um rodopiar de obrigações...

 

Aproveito para agradecer, do fundo do coração, os votos de feliz aniversário que me fizeram, já que é impossivel agradecer um a um.

 

E pronto, lá vem mais um utente...

 

(se virem no noticiário ... uma tresloucada funcionária pública... que de repente... começou a atender os utentes.... dando-lhes uma traulitada... com o agrafador na cabeça... já sabem que sou eu...)

 

 


sinto-me: TOU CANSADA...

publicado por Fernanda às 16:02
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